O que a posse de Lula como presidente do Brasil tem a ver com este blogue? Aparentemente, nada, mas essa posse ocorreu numa época em que Brittany Murphy começava o auge de sua carreira lançando o filme Recém-Casados (Just Married) em 10 de janeiro de 2003, nove dias após a posse do presidente, que hoje será julgado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por recurso sobre a condenação pelo caso do triplex do Guarujá.
Brittany afirmou em entrevistas que não era muito especializada em política. Na época do governo George W. Bush, ela e a atriz Alyssa Milano (recentemente em evidência por causa das denúncias de assédio sexual em Hollywood) foram se apresentar para soldados estadunidenses apenas como missão de entretenimento, sem qualquer compromisso ideológico.
No entanto, é evidente que Brittany, quando circulava nas ruas estadunidenses, como em Los Angeles, sua cidade de residência, ela via os jornais a novidade de um operário ter se tornado presidente do Brasil, um fato que chamava a atenção dos EUA, sobretudo por parte das elites empresariais e políticas, que não admitem governos progressistas na América Latina.
Brittany Murphy namorava, na época, o colega de Recém-Casados (Just Married), Ashton Kutcher, conhecido na época como o Kelso de De Volta aos Anos 70 (That 70's Show). A relação durou poucos meses, mas se encerrou de forma amigável e teria deixado boas lembranças para Britt.
Naquele tempo Ashton era famoso por contracenar com Mila Kunis (que foi prestigiar o futuro marido em uma das premiéres de Just Married), ucraniana naturalizada estadunidense com a qual Ashton é hoje casado e tem dois filhos, a menina Wyatt e o menino Dimitri. As crianças certamente adorariam ter conhecido titia Britt, que com certeza seria uma grande amiga do casal (Britt admirava That 70's Show).
E como estamos falando em movimentos sociais, ativismo e coisa parecida, recentemente Ashton e Mila apareceram para dar apoio às atrizes que se manifestavam contra o assédio sexual no evento Marcha das Mulheres (Women's March).
E diante das relações conturbadas entre EUA e Brasil - curiosamente o Brasil foi ligeiramente citado em dois filmes com Britt, o próprio Just Married e Grande Menina, Pequena Mulher (Uptown Girls), o que nos faria pensar o quanto uma premiére brasileira de Happy Feet - O Pinguim em janeiro de 2007 teria salvo a vida da atriz, evitando envolvimento com um pretendente sombrio - , mais um ingrediente está relacionado com Britt.
Pois sabemos que ela e o citado "pretendente sombrio" - claro que falamos do "garoto-problema" Simon Monjack - , casados, viajaram para Porto Rico, último país estrangeiro visitado por Britt, para acertar com os produtores de O Chamado (The Caller) a participação de Britt como protagonista do filme de suspense.
Brittany foi cortada de participar do filme. Oficialmente, começaram a circular motivos de "diferenças artísticas", como se os produtores, portorriquenhos, não entendessem a forma de atuar da atriz. Mas depois foi revelado que Simon havia se embriagado na véspera e aprontado escândalo, e isso fez os produtores cortarem a participação de Britt para não sofrerem péssima repercussão. Infelizmente Britt teve que pagar por estar casada com um homem desses.
Outra referência que vem à tona é a cidade-natal de Brittany Murphy, Atlanta, no Estado da Geórgia, que hoje está associada a um plano de autoridades estadunidenses para promover uma estratégia para desmoralizar políticos progressistas para favorecer sua expulsão do poder, seja pela sucessão eleitoral por políticos conservadores e alinhados aos EUA, seja por golpes políticos.
O Plano Atlanta, como foi conhecido, deve esse nome pelo fato dessa reunião, que incluiu autoridades latino-americanas de direita, solidárias ao poder dos EUA, ter sido realizada em um hotel em Atlanta, no final de 2012.
O plano visava usar um artifício jurídico e um suporte midiático para desqualificar e tirar do poder políticos progressistas, algo que está sendo feito contra o ex-presidente Lula, processo que culminou, também, com a perda do poder da sucessora e aliada Dilma Rousseff (que, nos últimos meses de Britt, era ministra-chefe do Gabinete Civil).
Com a traição do vice de Dilma, Michel Temer (que em 2009, então presidente da Câmara dos Deputados, era denunciado como chefe de um esquema de corrupção no Porto de Santos), que assumiu o poder em 2016, foi imposto um projeto de governo ultraconservador, ancorado no cancelamento de direitos trabalhistas e garantias sociais e na venda do patrimônio econômico brasileiro para empresas estrangeiras.
Diante desse projeto de governo radicalmente conservador, fala-se que o interesse das elites estadunidenses e as brasileiras associadas é de rebaixar o Brasil, país de grandes dimensões territoriais, numa nação sem soberania como é hoje Porto Rico, segundo a análise de especialistas conceituados no Brasil. Se ao menos a doce Britt tivesse vivido para visitar nosso país...
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