O mecanismo Taboola, que através de algoritmos cria pop ups internos em várias páginas da Internet, cometeu um equívoco ao incluir Brittany Murphy entre os mortos famosos aos quais "ninguém falou" a respeito.
Infelizmente, tudo que se fala é da morte da atriz, mais do que sua obra. A impressão que se tem é que Brittany Murphy está "sendo morta" várias vezes depois daquele triste domingo de 20 de dezembro de 2009.
Só se fala na tragédia dela, incluindo teorias conspiratórias, abordagens sensacionalistas etc. A coitada foi até vítima de fake news no Brasil, quando a reacionária revista Veja, do Grupo Abril, conhecida por desmoralizar políticos progressistas e movimentos sociais, publicou a lorota de que Brittany teria brigado com os produtores do filme Algo Maligno (Something Wicked).
Essa informação é mentirosa e os produtores, pelo contrário, afirmaram não só ter tido uma boa relação com Brittany, que, segundo eles, teve excelente atuação no filme, que a equipe técnica teve que demorar cinco anos editando o filme, para aproveitar as imagens gravadas pela atriz da melhor maneira. O filme foi lançado postumamente em 2014.
Diferente dos atores Heath Ledger e Paul Walker, mais lembrados por atuações mais populares do que por suas tragédias, Brittany tem sua morte explorada em excesso. Ela é lembrada apenas por poucos trabalhos de sucesso, como As Patricinhas de Beverly Hills (Clueless) e Grande Menina, Pequena Mulher (Uptown Girls), mas poucos se lembram que ela foi também dirigida por Brian de Palma e contracenou com o genial ator Sidney Poitier.
O Taboola lamentou que "ninguém falou" sobre a morte de Brittany Murphy. Mas isso é o que justamente se fala demais dela. E já cansa essa exploração tão triste de sua tragédia, sobretudo quando sabemos que ela foi uma das artistas mais fantásticas que esteve entre nós com sua breve e produtiva carreira. O que falta falar é sobre sua vida e o que ela significou para nós.
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